O presidente do Instituto de Logística e Suplly Chain
(ILOS), Paulo Fleury, disse há pouco que se o Brasil quiser chegar a um nível
de excelência em competitividade, necessita de um investimento em logística de
R$ 1 trilhão . Segundo ele, o movimento nas ferrovias, aquaviários,
rodoviários, aéreos cresceu muito: a demanda por transporte cresceu na taxa de
7% enquanto o PIB cresceu em média 2%. “Nos anos 70, o governo investia 1,85%
do PIB em
 transportes. Hoje  esse valor é apenas 0,29%. São dados
preocupantes que prejudicam nossa competitividade”, observou Fleury.
Ele ressaltou que o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) foi importante
por dar prioridade em infraestrutura logística no País. No entanto, apesar de o
governo disponibilizar mais de R$ 100 bilhões de recursos, as obras não andam.
Para Fleury, os projetos são bons, mas a gestão é ruim.
O presidente do ILOS citou o exemplo da ferrovia Transnordestina. Segundo ele,
não há previsão para o término das obras porque há problemas de desapropriações
no traçado por onde passaria a ferrovia. Fleury afirmou que a promessa era de
estar pronta há dois anos, e “por questões de gestão", o projeto está
parado. Ele também exemplificou que se os portos do norte e nordeste funcionarem
bem, teria capacidade de exportar 16% da soja produzida, mas atualmente não
chega a 5%. “O potencial de ganho é enorme, falta competência para
implementação”, observou.
Paulo Fleury participa de audiência pública na Comissão de
Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos
deputados para discutir os problemas de infraestrutura enfrentados pelo
comércio externo brasileiro, principalmente no setor de logística e armazenagem.
Fonte: Agência Câmara












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