Teolandense que vive em Cruz das Almas
Formado em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB
Situado na parte ocidental do território de identidade do
baixo sul, o pequeno município de Teolândia possui uma geografia bastante comum
a todos os municípios que compõem o território. Com um relevo bastante
acidentado, onde são poucas as terras disponíveis a mecanização, o modelo
agrícola durante muito tempo baseou-se na monocultura do cacau, no cultivo da
mandioca e poucas áreas de cravo, guaraná e pimenta do reino; sendo o cacau o de
maior importância econômica nesse período.
Com o passar do tempo, mais precisamente no final dos anos 70
e início dos anos 80, uma nova cultura começara a surgir, o cultivo da banana
tipo terra que ganhou grande relevância, revelando-se uma importante alternativa
a grande crise que assolou toda a região cacaueira. Durante esse período
Teoalndia se destacava como o maior produtor brasileiro da fruta (Vide dados da
CEPLAC e IBGE), empregando milhares de trabalhadores rurais e contribuindo para
o surgimento de uma nova classe média na cidade. Hoje perdemos esse posto para
municípios vizinhos como Wenceslau Guimarães e Presidente Tancredo Neves, tendo
com principal motivo a adoção de políticas públicas equivocadas para o setor em
que o principal foco era os interesses políticos partidários e particulares que
nos deixaram aquém do nosso grande potencial.
Podemos ter perdido a posição de maior produtor da fruta, mas
cabe a nós o titulo de maior comercializador e exportador desse plátano do
Brasil, razão que todo mês de junho comemoramos e rendemos a homenagem a esse
grande fruto devido a sua importância econômica e social para o município. O
comercio de banana da terra na cidade movimenta milhões de reais, gera diversos
empregos diretos indiretos e se constitui uma das principais fontes de renda de
grande parte de agricultores familiares.
Voltando os olhos para os nossos vizinhos, percebemos que
estamos deixando o “bonde da história passar”, Presidente Tancredo Neves cresce
com uma pujança invejável (bancos, cooperativas,escola agrícola, SAC, agência
de INSS e etc).Wenceslau Guimarães está prestes a inaugurar uma fábrica
internacional de banana chips e receber uma centro de abastecimento e um posto de pedágio na BR 101, além de
possuir melhor acesso as repartições
públicas, sejam elas estadual ou federal.
É hora de olhar para o passado e corrigirmos os nossos erros,
adotando políticas arrojadas, buscar parcerias, viabilizar convênios e
projetos, fortalecer o cooperativismo e o associativismo,estruturar as agroindústrias, ir em busca de outras alternativas capazes de
gerar emprego e renda na cidade, estimular a urbanização e atrair investidores;
apostar em novas culturas. Em fim, está na hora de sabermos vender o nosso “peixe.”
Por falar em centro de abastecimento, pela lógica o local
seria onde se comercializa um maior volume de produtos e não num local que se
tem a fama de ser o maior produtor disso e daquilo; se a Ceasa for para o
município vizinho ela não levará consigo centenas de caminhões que partem da cidade
de Teolândia repletos de produtos agrícolas com destinos as principais cidades
da Bahia e do Brasil , e nem tampouco evitará que esses produtos sejam
carregados às margens da BR 101, como observa-se no município. Se é para ser
instalado um Centro de abastecimento na região que seja instalado num ponto
estratégico, num local que sirva de entreposto comercial e não numa contra mão,
pois correra-se o risco de se tornar um grande elefante branco.
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