O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse hoje
que a geração líquida de empregos em de março deste ano (13.117) foi a pior
para o período desde 1999, quando foi reduzido o número de postos de trabalho
em 76.312. A avaliação foi feita durante a divulgação dos dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta quinta-feira.
A desaceleração na criação de empregos em março foi
justificada por Dias pelas demissões em vagas temporárias criadas no período de
festas do Carnaval. Em fevereiro foram criados mais de 260 mil postos.
“Naquele momento, gerou-se um número de empregos que nos surpreendeu.
Acredito que houve, em parte, uma antecipação de contratações previstas para a
Copa”, disse.
Mesmo com o desempenho tímido para o último mês, o ministro
manteve a previsão de que o Brasil criará entre 1,4 milhão a 1,5 milhão de
postos de trabalho em 2014. Entre os fatores que vão influenciar positivamente
os números de emprego neste ano está realização da Copa no país.
Para Dias, entre o fim de abril e início de março começarão
a ser feitas a contratações para a Copa. Ao todo, está prevista a criação de
175 mil novos postos somente por conta do evento. “Isso [a previsão] veio dos
levantamentos que temos feitos com a própria Fifa”, informou Dias.
Os empregos da Copa deverão ser, em sua maioria,
temporários. Há, no entanto, a expectativa de que parte dele se torne
permanente. “A maioria dos estádios são arenas multiuso onde é sabido que não
vão viver só da renda do futebol”, disse o ministro.
De acordo com os números de março do Caged, os salários
médios reais de admissão no primeiro trimestre de 2014 apresentaram um aumento
real de 2,49% em relação ao mesmo trimestre de 2013. Entre estes dois períodos
houve um aumento do patamar de R$ 1.138 para 1.166.
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