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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

WENCESLAU GUIMARÃES: ENERGIA É RESTABELECIDA MAS SALÁRIOS CONTINUAM ATRASADOS


Flagramos na manhã de hoje, 11, na cidade de Wenceslau Guimarães, a Companhia elétrica da Bahia, realizando serviço em frente a um prédio municipal. Segundo informação do funcionário da empresa, estava sendo restabelecido o fornecimento de energia elétrica que havia sido interrompido no dia de ontem. Além do prédio da prefeitura, o prédio de transmissão do sinal de TV também teve a energia cortada.

Em conversa com Antonio Dias, popular Byta e presidente da APLB, ele nos esclareceu o que de fato está acontecendo com a categoria de professores no município. Segundo Byta, o problema teve início no mês de setembro, quando a prefeitura resolveu suspender o pagamento dos salários da classe. Perguntamos a ele qual o motivo da decisão e ele nos disse que tomaram a decisão sem esclarecer os motivos.

Ele disse também que logo após a suspensão do pagamento, o sindicato e a categoria resolveram paralisar as atividades e desde o dia 21 de Outubro, os alunos estão sem aula na cidade. A categoria provocou o Ministério Público, que entrou com uma ação civil pública e bloqueou 60% da receita municipal com o objetivo de destinar essa verba ao pagamento dos salários atrasados. Segundo Byta, com a verba bloqueada de outubro e novembro, foram pagos os salários de setembro e outubro de alguns funcionários. Coordenadores pedagógicos e diretores de escolas estão sem o salário de Outubro e 100% da folha de Novembro está atrasada, segundo informação de Byta.

Ainda segundo informação do presidente do sindicato, os professores que tinham desdobramento de carga horária, teve redução da metade das horas trabalhadas, bem como o pagamento de metade do salário, sob justificativa de que se tratava de questões políticas.

Perguntamos a Byta se o ano letivo estava perdido, levando-se em conta os duzentos dias letivos a que faz referência a LDB e ele disse que se não houvesse a regularização do problema, o ano estaria perdido, pois os professores não tem condição de retornarem à sala de aula se não receberem os salários atrasados. Ainda sobre a questão, ele afirmou que há condição de repor as aulas através de um calendário especial e recuperar o ano, se a situação for regularizada.

Caso a situação permaneça como está, os grandes prejudicados serão os alunos e familiares, que embora não tenham envolvimento direto com o problema, acabarão sofrendo com a perda do ano letivo e tendo a suas vidas atrasadas na carreira escolar. O poder público municipal parece não demonstrar sensibilidade com a situação.

Da redação: Arautos de Teolândia

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