Flagramos na manhã de hoje, 11,
na cidade de Wenceslau Guimarães, a Companhia elétrica da Bahia, realizando
serviço em frente a um prédio municipal. Segundo informação do funcionário da
empresa, estava sendo restabelecido o fornecimento de energia elétrica que
havia sido interrompido no dia de ontem. Além do prédio da prefeitura, o prédio
de transmissão do sinal de TV também teve a energia cortada.
Em conversa com Antonio Dias,
popular Byta e presidente da APLB, ele nos esclareceu o que de fato está acontecendo
com a categoria de professores no município. Segundo Byta, o problema teve
início no mês de setembro, quando a prefeitura resolveu suspender o pagamento
dos salários da classe. Perguntamos a ele qual o motivo da decisão e ele nos
disse que tomaram a decisão sem esclarecer os motivos.
Ele disse também que logo após a
suspensão do pagamento, o sindicato e a categoria resolveram paralisar as
atividades e desde o dia 21 de Outubro, os alunos estão sem aula na cidade. A
categoria provocou o Ministério Público, que entrou com uma ação civil pública
e bloqueou 60% da receita municipal com o objetivo de destinar essa verba ao
pagamento dos salários atrasados. Segundo Byta, com a verba bloqueada de
outubro e novembro, foram pagos os salários de setembro e outubro de alguns
funcionários. Coordenadores pedagógicos e diretores de escolas estão sem o
salário de Outubro e 100% da folha de Novembro está atrasada, segundo
informação de Byta.
Ainda segundo informação do
presidente do sindicato, os professores que tinham desdobramento de carga
horária, teve redução da metade das horas trabalhadas, bem como o pagamento de
metade do salário, sob justificativa de que se tratava de questões políticas.
Perguntamos a Byta se o ano
letivo estava perdido, levando-se em conta os duzentos dias letivos a que faz
referência a LDB e ele disse que se não houvesse a regularização do problema, o
ano estaria perdido, pois os professores não tem condição de retornarem à sala
de aula se não receberem os salários atrasados. Ainda sobre a questão, ele
afirmou que há condição de repor as aulas através de um calendário especial
e recuperar o ano, se a situação for regularizada.
Caso a situação permaneça como
está, os grandes prejudicados serão os alunos e familiares, que embora não
tenham envolvimento direto com o problema, acabarão sofrendo com a perda do ano
letivo e tendo a suas vidas atrasadas na carreira escolar. O poder público
municipal parece não demonstrar sensibilidade com a situação.
Da redação: Arautos de Teolândia
0 comentários:
Postar um comentário