O acesso a remédios veterinários às vezes usados
indevidamente por humanos como droga recreativa ou para potencializar perda de
gordura pode ficar mais difícil. Hoje é comum achar, em sites de fisiculturismo
e no YouTube, relatos de jovens sobre os efeitos no corpo de produtos para
cavalo, como o clembuterol e a boldenona. "É minha primeira vez com esse
tipo de remédio, coisa para animal, o clembuterol. Eu não conseguia parar,
tremendo os braços (...) Não infartei hoje porque meu coração é cigano, é jovem,
aguenta pressão", diz um garoto em vídeo postado em outubro.
Publicada há duas semanas, uma instrução normativa do
Ministério da Agricultura ampliou o número de substâncias como essa sujeitas à
retenção ou à apresentação de uma prescrição do veterinário -de 17 para 133. A
partir de maio de 2013, por exemplo, o clembuterol -hoje de venda livre- só
poderá ser entregue mediante a apresentação da receita. Além disso, a nova
regra passa a exigir o cadastro dos veterinários que prescrevem psicotrópicos,
anabolizantes, entorpecentes e outros produtos sujeitos a controle. E, ainda, a
padronização dos relatórios de venda que devem ser enviados por fabricantes e
lojas ao controle oficial.
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