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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BOLÍVIA: EM QUAL CIDADE RESIDIR? QUAL É A MELHOR UNIVERSIDADE?

E volto a enfatizar o que foi dito em informações anteriores, aonde menciono se realmente vale à pena estudar na Bolívia, visto que a imprensa barata e sensacionalista coloca a Bolívia, país que esta acolhendo milhares de brasileiros, dispostos a aprender, persistir e seguir seus sonhos, como um país que forma profissional na área da saúde para representarem um verdadeiro perigo à saúde pública brasileira. Desta forma foram televisionadas a mais ou menos dois anos atrás, faculdades que existem na fronteira Bolívia – Brasil, mostrando reais absurdos, mas não é o que condiz com a realidade, tendo em vista que não foi informado a respeito das reais circunstâncias do ensino medico neste país e muito menos mostrarão as verdadeiras cidades existentes na Bolívia.

Povoados existem até no Brasil, faculdades de fundo de quintal no Brasil também existem, mas será que são reconhecidas pelo MEC? Claro que não, aqui também existe um órgão de Educação denominado Seduca – Serviço Departamental de Educação da Bolívia, que também não considera as “faculdades” da fronteira como tal.

Através deste esclarecimento lhes induzo a perguntarem a si mesmos, realmente existe um perigo nos médicos formados na Bolívia para a saúde pública brasileira?

Fraude, corrupção, compra, venda, inconscientes existem em todo globo terrestre, no Brasil não deixa de ser diferente.

A forma de esclarecimento existe três grandes cidades na Bolívia e são elas:

Santa Cruz com 3 milhões de habitantes, clima tropical, parecido ao do Brasil e mais próximo do nível do mar, La existem faculdade como Udabol e Ecológica.

La Paz com 2.030.422 habitantes e esta a 3650 msnm, clima frio devido a sua altura, La não tem muitos brasileiros estudando, porque não se adaptam ao clima.

Cochabamba, terceira cidade mais importante, localizada na cordilheira dos Andes, com uma população aproximada de 1.050.642 habitantes e uma altura de 2570msnm. Clima também considerado frio se comprarmos a Cidade de Santa Cruz. Cochabamba é hoje uma cidade universitária visto que aqui estão as principais universidades do país e o maior número de universitários. Seu custo de vida vem a ser o mais accessível entre as três cidades mencionadas.

Onde morar? Fica a critério de cada um, eu optei vir para Cochabamba por já ter familiares que aqui estavam quando decidi seguir esta jornada. Cabe a cada um decidir para onde ir.

Na verdade não existe uma formula secreta para ser um bom medico, é estudar e ter consciência que decidimos seguir não uma carreira, não um estudo e sim um estilo de vida, pois deixamos de ser pessoas normais para nos tornarmos escravos dos livros, para perdermos horas de sono estudando e desaparecer da sociedade por um longo período de seis anos para reaparecer como bons médicos ou simples médicos.

Mas agora vem a pergunta que deixa muitos de cabelo em pé. Qual a melhor universidade de medicina?

Por lógica eu responderia a Upal (Universidad Plena Abierta Latinoaméricana), afinal estudo nesta universidade. Mas seria injusto contra vocês leitores e meus princípios, existem muitas outras universidades em Cochabamba e o maior exemplo de uma delas é a Universidad Mayor de San Simón, que é Estatal e podemos comparar a Universidade Federal da Bahia. No entanto, ainda temos “alunos” que escolhem a fachada, estrutura, a roupa mais bonita, e entre a melhor estrutura esta a Universidad del Valle – Univalle a maior universidade com uma estrutura de deixar qualquer ser vivente boquiaberto. Posso mencionar muitas outras como a Unifranz, Udabol, Unitepec.

Mas desta vez eu que pergunto a vocês, o que realmente vale a pena para sua pessoa, a faculdade ou sua vontade de aprender? A estrutura ou o ensino em si?

No meu ponto de vista, em minhas experiências com a vida lhes digo o que muitos de vocês já devem ter ouvido quem faz a univerdiade é o aluno, tendo em vista que a capacidade de seguir adiante e vencer esta dentro de cada um. Más também já mencionei antes, quem não tem consciência, que trata a medicina como um jogo, segue atalhos perigosos e um dos princípios de Jesus Cristo foi, jamais seguir atalhos, pois eles podem te levar a destruição e a um mar de desesperos.

Quem esta nesta terra maravilhosa chamada Bolívia – Cochabamba sabe quais são as verdadeiras, faculdades, com verdadeira dignidade e que trata a medicina com caráter e não como um jogo. Não mencionarei o nome destas faculdades, não me convém e jamais irei denegrir a imagem de ninguém. No entanto me pergunto vale a pena comprar matérias, semestres?

Tendo em vista que em algum momento irei falhar como homem, ser humano e médico?

É da natureza seguir certos processos, se existem seis anos para se estudar medicina é porque há uma seleção natural durante este período, o incapaz desiste, se desmotiva e vai embora, ou opta por uma outra carreira que condiga com sua realidade. Temos que ter uma base real para podermos ser bons médicos de nada serve seguir atalhos que futuramente farão do Homo Sapiens um Homo Simiuns. Na sociedade nem o homem, nem nenhuma outra coisa deve ultrapassar os limites estabelecidos pela natureza. E lhes digo caros leitores, da Bolívia sairão bons profissionais da saúde sim, mas os que se comprometerão, mesmo que tenham repetido algumas das diversas disciplinas duas ou três vezes, mas estes sim são os que têm compromisso, visto que não se corromperão e seguirão o rumo natural da vida e da seleção acadêmica.

Em nível de mais informação lhes comento o que o diretor da carreira de medicina da Upal (Dr. Rafael Valdivia) nos comentava outro dia em sala de aula. O colégio médico da Bolívia é tão rígido quanto o Conselho Regional de Medicina do Brasil, e deixo aqui uma reflexão aos que outrora optarão por encurtar os caminhos, 50% dos estudantes estão sendo reprovados no Exame de Graduação, pois não tem a menor idéia do que seja medicina, e voltam a repetir todo seu internato e mais os que persistem e chegam a fazer este exame de graduação por 4 vezes voltam a fazer toda a área clinica é dizer voltam para o terceiro ano. Então é pensar mil vezes se querem ser médicos ou se querem matar seus pacientes.

Para finalizar estas informações preciosas e de grande valia a meu ver, ressalvo tudo que lhes falei dizendo, que devemos pensar o quão baixo esta o valor da Vida Humana e deixo alguns trechos do Juramento Hipocrático para que meus futuros colegas e futuros médicos leiam e reflitam sobre seus ideais, convicções e seu breve e não tão longe compromisso com seus pacientes – Seres Humanos.

“Eu juro que não darei a nenhuma pessoa remédio mortal, ainda que seja por ela pedido...

Também não darei a mulher alguma substância ou objeto destinado a provocar abortamento...

Nunca me servirei de minha profissão pata corromper os costumes ou favores do crime

(Trechos do Juramento Hipocrático).

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