Os pequenos negócios respondem
por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Juntas, as
cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País representam 27% do PIB,
um resultado que vem crescendo nos últimos anos.
Os dados inéditos são revelados pelo presidente do Sebrae,
Luiz Barretto. “O empreendedorismo vem crescendo muito no Brasil nos últimos
anos e é fundamental que cresça não apenas a quantidade de empresas, mas a
participação delas na economia”, afirma Barretto.
Em 1985, o IBGE calculou em 21% a participação dos pequenos
negócios no PIB brasileiro. Como não havia uma atualização desse indicador
desde então, o Sebrae contratou a Fundação Getúlio Vargas para avaliar a
evolução das micro e pequenas empresas na economia brasileira, com a mesma
metodologia utilizada anteriormente. Em 2001, o percentual cresceu para 23,2%
e, em 2011, atingiu 27%.
Em valores absolutos, a produção gerada pelas micro e
pequenas empresas quadruplicou em dez anos, saltando de R$ 144 bilhões em 2001
para R$ 599 bilhões em 2011, em valores da época.
Os valores foram apurados até 2011 para manter a mesma forma
de cálculo considerando os dados do IBGE disponíveis sobre os pequenos
negócios. A apuração foi feita com a soma das riquezas geradas por empresas de
todos os portes nos setores de Comércio, Indústria, Serviços e Agroindústria –
exceto o setor público e as intermediações financeiras, uma vez que não há
micro e pequenas empresas nestes setores.
Fonte: Exame
As micro e pequenas empresas são as principais geradoras de
riqueza no Comércio no Brasil, já que respondem por 53,4% do PIB deste setor.
No PIB da Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima
das médias empresas (24,5%). E no setor de Serviços, mais de um terço da produção
nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios.
“Os dados demonstram a importância de incentivar e
qualificar os empreendimentos de menor porte, inclusive os Microempreendedores
Individuais. Isoladamente, uma empresa representa pouco. Mas juntas, elas são
decisivas para a economia”, considera Barretto, lembrando que os pequenos
negócios também empregam 52% da mão de obra formal no País e respondem por 40%
da massa salarial brasileira.
Segundo ele, os principais motivos para o bom desempenho dos
pequenos negócios na economia brasileira são a melhoria do ambiente de negócios
(em especial após a criação do Supersimples que reduziu os impostos e unificou
oito tributos em um único boleto), o aumento da escolaridade da população e a
ampliação do mercado consumidor, com o crescimento da classe média.
“Esses três fatores têm motivado o brasileiro a empreender
por oportunidade e não mais por necessidade. Antes as pessoas abriam um negócio
próprio quando não encontravam emprego. Hoje, de sete a cada 10 pessoas iniciam
um empreendimento por identificar uma demanda no mercado, o que gera empresas
mais planejadas e com melhores chances de crescer”, avalia o presidente do
Sebrae.
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